Sistema de rastreamento ocular com microtela OLED traz realidade aumentada
Você pode não conhecer pelo nome, mas o instituto alemão Fraunhofer está presente na sua vida como criador do formato MP3 de compressão de áudio. Agora, os pesquisadores estão apresentando nesta semana em uma feira de tecnologia em Los Angeles, nos Estados Unidos, mais uma invenção de grande potencial: uma microtela OLED que rastreia a movimentação dos olhos e pode ser utilizada ao mesmo tempo em aplicações com realidade aumentada.
Os cientistas alemães desenvolveram uma diminuta tela bidirecional com uma matriz ativa OLED e fotodetectores integrados. A combinação dos dois possibilita a concepção de produtos menores e mais leves com suporte tanto para projeção de imagens quanto a captura de movimentos oculares.
“Este é um aparelho único que permite o design de uma nova geração com funções avançadas de pequenos AR-HMDs”, afirma Rigo Herold, pesquisador participante do time de desenvolvimento da Fraunhofer IPMS. O tal AR-HMD nada mais é do que o próprio dispositivo, ou “tela montada em capacete com realidade aumentada”, na tradução da sigla em inglês.
O visor permite que o usuário consiga enxergar, dentro do campo de visão real em um dos olhos, um objeto virtual. A técnica, chamada realidade aumentada, não é nova e está sendo usada à exaustão em games, como com o Nintendo 3DS, PSP (com a câmera Eye Toy) e mesmo o iPhone. A diferença é que com esse AR-HDMs é possível controlar (ou ao menos ligar e desligar a função) sem utilizar as mãos, apenas com o movimento dos olhos.
Claro, como é uma invenção muito recente, ainda há limitações para de fato ser utilizada no mercado. Por enquanto, o Fraunhofer só consegue exibir imagens monocromáticas e o dispositivo em si parece espalhafatoso demais para ser usado em, digamos, caminhadas no parque. Mas indica uma boa direção de alguns tipos de equipamentos que poderemos ter no futuro, quem sabe.
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